sábado, 2 de abril de 2011

Ozzy Osbourne em Porto Alegre

Na noite em que o Internacional disputava uma partida da Libertadores em Porto Alegre, Ozzy Osbourne lotava o Ginásio do Gigantinho, a apenas alguns metros do estádio Beira Rio, reunindo cerca de 12 mil gremistas e colorados em mais uma noite inesquecível para a capital. Entre palmas, pulos, jatos de espuma e baldes de água jogados no público, o Madman provou que apesar da idade (e inúmeras complicações que já teve em sua vida e carreira) ele ainda pode levar os fãs à loucura em um show cheio de clássicos do Black Sabbath e de sua carreira solo.

Ozzy subiu ao palco às 21h em ponto, como bom britânico. Sem longas introduções, o príncipe das trevas apenas caminhou pelo palco e saudou o público gaúcho ordenando "Vamos ficar loucos!" ao que a multidão respondeu com muito alvoroço, ansiosos pela primeira música da noite que foi Bark At The Moon. No primeiro minuto do show Ozzy já se desfez do sobretudo preto que vestia, como quem dissesse "Sem cerimônias, isso aqui vai pegar fogo mesmo.". E não foi pra menos. Ozzy mostrou energia e disposição que muito marmanjo não tem! Ao final da primeira música ele diz "Finalmente vim para a cidade de vocês. É ótimo estar aqui". O show continua com Let Me Hear You Scream, do disco mais recente Scream (2010) e então um dos maiores clássicos: Mr. Crowley.

A banda ainda tocou "I don't Know", momento em que uma bandeira do Rio Grande do Sul foi jogada no palco e Ozzy a segurou. Para felicidade e orgulho do público gaúcho, ele ainda amarrou a bandeira no pescoço como uma capa e fez uma de suas poses de príncipe das trevas. Em seguida veio Fairies Wear Boots, Suicide Solution e Road To Nowhere. Esta última iluminou o ginásio com luzes de isqueiros acessos e luzes de celulares.

War Pigs veio pra deixar qualquer fã de Black Sabbath em êxtase! Shot In The Dark e então Ozzy deixa o palco enquanto a banda executa Rat Salad. Se alguém ainda não havia prestado atenção nos outros músicos ali presentes, este foi o momento. Os solos velozes e virtuosíssimos de Gus G na guitarra e Tommy Clufetos podem ser divididos em duas categorias: ou tão bom que os caras com certeza conseguiram novos fãs que ficaram impressionados com o talento dos músicos, ou tão longos que faz você começar a pensar no que tem que fazer no dia seguinte, o que falta comprar no mercado, etc.

Quase 15 minutos se passam e a galera começa a conversar, “A próxima é Iron Man!". E então Ozzy volta ao palco, com seus curtos passos, ao que Iron Man começa emendada aos últimos acordes de Rat Salad. Mais uma vez o público gaúcho se vê realizando o sonho de estar à apenas metros de distância de uma lenda viva tocando mais um clássico de uma das maiores bandas de heavy metal de todos os tempos.

I don't Want to Change The World foi tocada em seguida e então Crazy Train. Uma bandeira do Internacional foi jogada na direção de Ozzy, ao que ele rapidamente agarra a bandeira no ar e a joga no chão. Momento de graça para os gremistas e revolta para os colorados, mas em geral e sem tomar partido, foi no mínimo engraçado.

Ozzy mais uma vez deixa o palco e a esse ponto todo mundo já percebia que o show chegava ao fim. Enquanto um coro de headbangers gaúchos cantava "Olê, olê olê olê,, Ozzy, Ozzy", o Madman volta ao palco e responde "Obrigado, vocês são muitos especiais!" e apresenta uma das mais belas da noite, Mama I'm Coming Home. O público mais uma vez puxa seus isqueiros e celulares e canta junto embalando de um lado pro outro.

Ozzy deixa o público esperançoso fazendo com que todos pedissem mais uma música em Inglês e então finalmente aqueles acordes tão esperados: Paranoid! Era a hora de curtir ao máximo pela última vez na noite.





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