quinta-feira, 14 de abril de 2011

Resenha - Kamelot

10 de Abril de 2011
Bar Opinião

Como mencionado no post anterior do blog, a banda Kamelot esteve na América Latina na semana passada para alguns shows, e o penúltimo deles foi na capital gaúcha.

Cedo da tarde já era possível ver alguns fãs esperando na fila, alguns com a camiseta da banda, outros com a camiseta do Epica e Rhapsody of Fire, como apoio aos vocalista que acompanharam a banda na turnê latino-americana. Conforme as horas iam passando, era até de se imaginar que o Opinião fosse lotar e, apesar de uma boa lotação da casa, não chegou a tanto.

A introdução, retirada da trilha sonora do filme 300, já deixou os fãs animados e os músicos foram subindo um a um no palco: Casey Grillo (bateria), Oliver Palotai (teclado), Sean Tibbetts (Baixo), Thomas Youngblood (guitarra) e finalmente, Fabio Lione (vocal) que está em turnê com a banda substituindo Roy Khan que está afastado da banda por motivos pessoais e de saúde. A primeira música da noite foi Rule The World. Fábio Lione comandou o público com muita energia e provou de cara que o show seria, no mínimo, inesquecível para os fãs ali presentes. Elyse Ryd (da banda Amaranthe) já apareceu no primeiro momento do show, com uma roupa toda preta e uma máscara também preta, para uma breve participação.

Fabio Lione já demonstrou muita simpatia quando agradeceu ao público em Português, porém optou por falar em Espanhol pelo resto do show. Em seguida veio a fantástica Ghost Opera e The Great Pandemonium, faixa do novo disco da banda, Poetry For the Poisoned. A banda ainda tocou The Human Stain e Center of The Universe. Destaque então para Nights of Arabia, com Elize Ryd vestida de Odalisca!

Em um momento do show, o guitarrista Thomas Youngblood pegou a câmera de um fã que estava na grade e pedindo que o público gritasse e se animasse, filmou todos. Thomas também falou um pouco com os fãs ali presentes em outros momentos do show. A banda tocou uma das músicas mais lindas da noite: A Sailorman’s Hymn, um belíssimo dueto de Fabio Lione com Elize Ryd. Fabio ainda brincou com o público antes de tocarem When The Lights Go Down, desafiando o pessoal com um jogo de voz. Em seguida, Soul Society e o maravilhoso solo de Oliver Palotai. O legal do kamelot é que eles não investem em solos longos que te deixam distraído depois de 2 ou 3 minutos. Eles fazem solos objetivos e dinâmicos, o suficiente para te fazer reparar no talento do músico e apreciar o momento exclusivo do instrumento.

A música seguinte foi Edenecho, outra com a participação de Elize Ryd e uma atuação bem dramática de Fabio Lione, que, vamos combinar, se adequa muito ao show e às músicas. Depois veio Necropolis, também do último disco da banda, e finalmente o momento mais esperado por muitos presentes no Bar Opinião: The Haunting. Simone Simons (e seus cabelos ruivos) entra pouco antes do primeiro refrão, momento de êxtase para o público. Apesar de divulgado na internet que ela cantaria apenas uma música no show, ela voltou 2 músicas depois. Antes, Casey Grillo fez seu solo e a música que seguiu foi Forever. Em seguida a banda saiu do palco, indicando que o show estava perto do final.

O primeiro a voltar ao palco foi o baixista Sean Tibbetts, que fez um solo bem curto mas que animou a galera novamente. Aliás, Sean é um baixista excelente, além de não parar quieto no palco um segundo sequer. Os outros integrantes da banda então retornaram ao palco para tocar Karma. E então Simone Simons volta para cantar Don’t You Cry na íntegra, apenas com Thomas Youngblood e Oliver Palotai no palco.

Para fechar com chave de ouro, March of Mephisto. Esse música já é excelente na versão em estúdio, ao vivo então, é incrível! Já no início, Elize entra no palco com um vestido de couro e vendada, tocando a introdução da música em um tambor. A orquestração é muito mais evidente ao vivo e a música fica mais pesada.

E então, após a 20ª música do setlist que durou 2 horas, o show finalmente acaba. No dia seguinte Sean postou em seu blog sobre a apresentação na capital gaúcha:

“Ontem à noite foi um show excepcional. A banda estava disparando com tudo direto ao público. Me sinto muito bem com relação a esse show. Tem algo que deve ser dito sobre tocar em um lugar daquele tamanho. Quando o público está em cima de você e você se alimenta da energia e o show se eleva a um novo nível, para a banda e para o público. Obrigado a todos por isso. Quando saí do palco eu estava encharcado de suor dos pés à cabeça e nem estava quente lá. Eu só estava pulando, me divertindo. ”


Setlist completo:

  • Intro
  • Rule The World
  • Ghost Opera
  • The Great pandemonium
  • The Human Stain
  • Center of The Universe
  • Night's of Arabia
  • A Sailorman's Hymn
  • When The Lights Are Down
  • Soul Society
  • Solo Oliver Palotai
  • Hunter's Season
  • Edenecho
  • Necropolis
  • The Haunting (Com Simone Simons)
  • Solo casey Grillo
  • Forever
  • Solo Sean Tibbetts
  • Karma
  • Don't You Cry (Com Simone Simons)
  • March of Mephisto


Mais vídeos: http://www.youtube.com/user/Scarlet123

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Kamelot - Poetry For The Poisoned e shows na América Latina


Os Estadunidenses do Kamelot chegaram na América Latina, mais especificamente em Santiago (Chile), nesta semana para o primeiro show da turnê The Great Pandemonium. Em seguida a banda partiu para a Argentina onde abriu para o Iron Maiden nesta sexta-feira, 8 de Abril, em Buenos Aires e neste sábado aterrissa em São Paulo para o primeiro de 2 shows no Brasil. Domingo, 10 de abril será a vez de Porto Alegre. A banda tocará no Bar Opinião a partir das 22:30 com abertura das bandas gaúchas Save our Souls e Scelerata. Para finalizar, Kamelot ainda toca na Colômbia e encerra a turnê no México.

A banda vem divulgando o último disco de estúdio, Poetry For The Poisoned lançado em Setembro do ano passado. Com a maioria das composições assinadas pelo vocalista Roy Khan e o guitarrista Thomas Youngblood, o disco segue a linha metal sinfônico e merece destaque pelas faixas House on A Hill, uma belíssima balada com participação especial de Simone Simons (Epica), e as 4 músicas que compõem a faixa título Poetry For The Poisoned (Incubus, So Long, All Is Over, Dissection), duas delas que também contam com a participação da vocalista Holandesa.


Além de Simone Simons, o disco conta com vários convidados especiais. Bjorn “Speed” Strid (Soilwork) participa na faixa de bertura, The Great pandemonium; Jon Oliva (Savatage, Jon Oliva’s Pain) na brutal The Zodiac e Gus G (Firewind, Ozzy Osbourne) na faixa Hunter’s Season. Amanda Somerville faz vocais de apoio e os produtores do disco, Sascha Paeth e Miro trazem as linhas de guitarra e teclado adicionais, respectivamente.

A edição japonesa e em vinil de Poetry For The Poisoned contém a faixa bônus Thespian Drama. Já a versão americana traz a faixa House on a Hill sem cortes, porém a que eu mais recomendo é a faixa bônus da versão europeia, nada mais nada menos que um cover de Nick Cave, a linda e trágica Where The Wild Roses Grow com participação de Chanty Wunder.


Na turnê pela América Latina acompanham a banda Simone Simons e o italiano Fabio Lione (Rhapsody of Fire) substituindo Khan nos vocais, este que está afastado da banda desde o ano passado por motivos pessoais e de saúde. Como pode ser conferido em vídeos já postados no Youtube do show em Santiago, Fabio prova ter sido a escolha ideal para a substituição.

Kamelot em Porto Alegre

Quando: 10/04/11

Onde: Bar Opinião (José do Patrocínio, 834 Bairro Cidade baixa Fone: [51] 3211.2838

Ingressos:
1º lote: R$ 60,00 [PROMOCIONAIS]
2º lote: R$ 80,00 [PROMOCIONAIS]
3º lote: R$ 100,00

Pontos de venda:
- Back in Black (Shopping Total)
- A Place (Av.
Voluntários da Pátria, 294)
- Zeppelin (Galeria Luza - Av. Marechal Floriano, 185)

www.ticketbrasil.com.br (em até 12x no cartão)

Cronograma:
20h - abertura da casa

20h30min - Save Our Souls
21h20min - Scelerata
22h30min - Kamelot

Produtora: Abstratti

domingo, 3 de abril de 2011

O coração e a alma do Rock and Roll

Um site bem básico, um chat sem frescuras, uma galera simples e muito classic e hard rock pra curtir. Essa é a THE JFL RADIO, uma rádio virtual sem fins lucrativos onde tenho o meu programa todos os Domingos, das 13h às 16h (horário de Brasília).


No meu programa eu toco diferentes tipos de rock e metal, principalmente porque abro espaço para os ouvintes pedirem músicas pelo chat (assim como a maioria dos DJ's lá).


Para escutar a rádio basta acessar o site e o player automaticamente começa a tocar. Também é possível escutar pelo winamp, windows media player, pelo site do Shoutcast e pelo ITunes.

Também é possível curtir a página da rádio no Facebook e seguir o perfil no Twitter.

E o significado de JFL, qual é? Just Fucking Listen!

sábado, 2 de abril de 2011

Ozzy Osbourne em Porto Alegre

Na noite em que o Internacional disputava uma partida da Libertadores em Porto Alegre, Ozzy Osbourne lotava o Ginásio do Gigantinho, a apenas alguns metros do estádio Beira Rio, reunindo cerca de 12 mil gremistas e colorados em mais uma noite inesquecível para a capital. Entre palmas, pulos, jatos de espuma e baldes de água jogados no público, o Madman provou que apesar da idade (e inúmeras complicações que já teve em sua vida e carreira) ele ainda pode levar os fãs à loucura em um show cheio de clássicos do Black Sabbath e de sua carreira solo.

Ozzy subiu ao palco às 21h em ponto, como bom britânico. Sem longas introduções, o príncipe das trevas apenas caminhou pelo palco e saudou o público gaúcho ordenando "Vamos ficar loucos!" ao que a multidão respondeu com muito alvoroço, ansiosos pela primeira música da noite que foi Bark At The Moon. No primeiro minuto do show Ozzy já se desfez do sobretudo preto que vestia, como quem dissesse "Sem cerimônias, isso aqui vai pegar fogo mesmo.". E não foi pra menos. Ozzy mostrou energia e disposição que muito marmanjo não tem! Ao final da primeira música ele diz "Finalmente vim para a cidade de vocês. É ótimo estar aqui". O show continua com Let Me Hear You Scream, do disco mais recente Scream (2010) e então um dos maiores clássicos: Mr. Crowley.

A banda ainda tocou "I don't Know", momento em que uma bandeira do Rio Grande do Sul foi jogada no palco e Ozzy a segurou. Para felicidade e orgulho do público gaúcho, ele ainda amarrou a bandeira no pescoço como uma capa e fez uma de suas poses de príncipe das trevas. Em seguida veio Fairies Wear Boots, Suicide Solution e Road To Nowhere. Esta última iluminou o ginásio com luzes de isqueiros acessos e luzes de celulares.

War Pigs veio pra deixar qualquer fã de Black Sabbath em êxtase! Shot In The Dark e então Ozzy deixa o palco enquanto a banda executa Rat Salad. Se alguém ainda não havia prestado atenção nos outros músicos ali presentes, este foi o momento. Os solos velozes e virtuosíssimos de Gus G na guitarra e Tommy Clufetos podem ser divididos em duas categorias: ou tão bom que os caras com certeza conseguiram novos fãs que ficaram impressionados com o talento dos músicos, ou tão longos que faz você começar a pensar no que tem que fazer no dia seguinte, o que falta comprar no mercado, etc.

Quase 15 minutos se passam e a galera começa a conversar, “A próxima é Iron Man!". E então Ozzy volta ao palco, com seus curtos passos, ao que Iron Man começa emendada aos últimos acordes de Rat Salad. Mais uma vez o público gaúcho se vê realizando o sonho de estar à apenas metros de distância de uma lenda viva tocando mais um clássico de uma das maiores bandas de heavy metal de todos os tempos.

I don't Want to Change The World foi tocada em seguida e então Crazy Train. Uma bandeira do Internacional foi jogada na direção de Ozzy, ao que ele rapidamente agarra a bandeira no ar e a joga no chão. Momento de graça para os gremistas e revolta para os colorados, mas em geral e sem tomar partido, foi no mínimo engraçado.

Ozzy mais uma vez deixa o palco e a esse ponto todo mundo já percebia que o show chegava ao fim. Enquanto um coro de headbangers gaúchos cantava "Olê, olê olê olê,, Ozzy, Ozzy", o Madman volta ao palco e responde "Obrigado, vocês são muitos especiais!" e apresenta uma das mais belas da noite, Mama I'm Coming Home. O público mais uma vez puxa seus isqueiros e celulares e canta junto embalando de um lado pro outro.

Ozzy deixa o público esperançoso fazendo com que todos pedissem mais uma música em Inglês e então finalmente aqueles acordes tão esperados: Paranoid! Era a hora de curtir ao máximo pela última vez na noite.