sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Resenha - Symfonia em Porto Alegre

31 de Julho de 2011
Bar Opinião

Domingo passado foi mais um dia de chuva, frio e futebol em Porto Alegre. Também foi mais um Domingo de show no Bar Opinião. A super-banda Symfonia chegou aqui na capital, vindo de Brasília onde havia feito um show para cerca de 20.000 pessoas no Porão do Rock, também parte da turnê de divulgação do seu primeiro album de estúdio, In Paradisum.
Poucos fãs esperaram a tarde inteira na fila, mas os poucos presentes enfrentaram a chuva e o frio com garra Era o típico povo gaudério demonstrando sua resistência por mais uma banda de porte internacional tocando na capital gaúcha.
Por motivos de força maior eu não pude assistir ao show da banda Venus Attack, por isso ficarei devendo meus comentários sobre o mesmo. Já o Symfonia entrou no palco com 45 minutos de atraso, após uma longa "introdução" (fiquei na dúvida mesmo se era introdução ou enrolação) de nada mais nada menos que 15 minutos! Era possível ver a empolgação do público no início, mas depois de 5 minutos as pessoas já estavam um pouco confusas; depois de 10 minutos foram comprar mais cerveja, até que finalmente foi possível ver os integrantes da banda subindo ao palco um a um e saudando brevemente o público ali presente.


A primeira música da noite foi Come By The Hills, ótima idéia pois creio que todos ali sabiam cantar o refrão que gruda na cabeça feito chiclete em cabelo de menina. :P O show começou com um nível de energia já bem elevado, e apesar de alguns problemas com o som o público não desanimou. Forevermore veio a seguir, mantendo aquele mesmo nível de animação. A banda parecia ainda estar sentindo o lugar, tentando estabelecer uma conexão entre os próprios integrantes e o público. Na música seguinte, 4th Reich (Stratovarius), isso já pareceu mudar.


O som do Opinião já estava melhor a essa altura do show, o que contribui para que tudo fluisse muito bem dali em diante. Rhapsody in Black e Santiago foram mais duas músicas que agitaram o público pequeno com muita energia.
Em um momento de descontração, Andre Matos anuncia a próxima música com muito humor. "Os caras me colocam pra cantar uma música do Michael Kiske e aí eu só me fodo". Apesar do receio, Andre mandou muito bem na Last Night On Earth. Em seguida, com um breve solo de teclado e com um grande apoio do público que repetia o seu nome, Mikko Härkin puxou Lasting Child (Angra), uma das músicas mais bonitas e emocionantes da noite. Timo Tolkki deu uma palhinha da 9a Simfonia de Beethoven e já emendou um solo que acabou virando um duelo entre Timo e Mikko, muito legal! Após o duelo os dois se uniram para tocar Java Nagila e logo Jari Kainulainen e Alex Lundenberg voltaram ao palco para a instrumental Stratosphere.


Andre Matos voltou ao palco para apresentar a música seguinte, que foi Don't Let Me Go. Ele comentou que esta foi a música do disco mais difícil de ser gravada, não pela parte técnica mas sim pela emoção que ela exige, e que isso não seria difícil de conseguir naquela noite. A balada fez com que todos cantassem juntos, deixando os gringos no palco um tanto impressionados. Muitos pedidos eram feitos entre as músicas, o que levou Timo Tolkki a brincar: "Vocês estão enganados, não somos uma jukebox!"


Uma das músicas mais esperadas da noite deu continuidade ao show: In Paradisum. Tenho que admitir que não curti essa música de cara e sei de muitos que pensavam o mesmo. No entanto, In Paradisum ao vivo é excelente! Aliás, praticamente todas as músicas desse disco são bem melhores ao vivo. Depois de Lasting Child e Don't Let Me Go, In Paradisum foi outro momento bastante intenso do show. Todos os integrantes então saíram e deixaram o alemão Alex Ludenberg à vontade no palco para um breve solo na bateria. A banda voltou para tocar Fields of Avalon e então todos deixaram o palco para o bis. Após alguns minutos e com o público repetindo "Symfonia!!" todos, menos Andre, voltaram ao palco. Na ausência de Andre, Timo faz mais uma brincadeira: "Onde está o Andre? Acho que ele foi embora... Ei, Andre, vai se foder!"
Para o bis, a banda tocous mais dois "covers", Dreamspace e I Did It My Way, do Stratovarius e Revolution Renaissanc,e respectivamente.


Antes da música final veio o momento Stand Up Comedy que muitos estão comentando. Todos da banda realmente desmonstraram muita interação e bom humor durante todo o show. Andre chegou até a usar o famoso bordão "Puta falta de sacanagem" e Timo exibiu seus conhecimentos da língua portuguesa: "O Andre me disse que 'Mostre seus peitos' é 'boa noite Porto Alegre' em português." Além das risadas, Andre fez questão de ressaltar que apesar da casa quase vazia, quase mesmo, os melhores estavam ali presentes, e ainda incentivou a galera a cantar o Hino Rio-Grandense e ainda elogiou! Os gringos não entenderam muito, mas curtiram.


Andre apresentou toda a banda eAlex mostrou todo o seu carisma com uma frase muito simples: "Olá, tudo de bom pra vocês! Obrigado!". Para finalizar o show, Pilgrim Road. Outra música que eu já achava melódica demais mas que ao vivo ficou muito melhor na minha singela opinião!
A banda inteira me impressionou muito ao vivo. Apesar de eu ser mais uma que achava a banda nada mais, nada menos que um Stratovarius II, curti muito o show do início ao fim. A banda estava em total harmonia no palco e com o públic; o Andre que tantos adoram falar mal estava em perfeita forma, cantou muito bem músicas que até eu tinha receio que ele fosse conseguir ao vivo.


Após o show, os integrantes foram para rua tirar fotos, dar autógrafos e conversar com os fãs que ainda enfrentaram mais frio e chuva. Com certeza um momento especial para os que estavam ali. Mikko Härkin estava a procura de pessoas que tivessem assistido ao show do Sonata Arctica no Opinião em 2001 e Jari calmamente fumou um cigarro e bebeu cerveja.
Com certeza a banda deixou uma ótima impressão aqui pelo Rio Grande do Sul, e se alguém aí ainda tiver a chance de ver eles ao vivo, não percam!

Mais vídeos do show: Youtube